Sou uma mistura de sentimentos e culpas

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bage, rs, Brazil
Um eterno ponto de interrogação, sempre querendo saber tudo... um eterno ponto de exclamação, sempre fazendo valer uma opinião pensada e nao copiada da cabeça de alguém...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


Depende de onde você olha,
as vezes depende de como você vê....
Você fica pensando no nada
e eu lhe digo que eu penso naquelas loucuras e sanidades incuráveis
Não tenho medo de seu julgamento,
temo é ter sensatez demais que me evite pulsar...
Não me olhe com esta feição de pouco credito,
não queira saber o que penso da sua falta de coragem,
o que você teme eu arrisco,
o que você mente
eu desdenho...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Suspiros


A pele os lábios as mãos
Os dentes as façanhas e os medos
A vida o peito e a indecência
o medo as horas e a rebeldia
meu corpo minhas artérias e palavras
convicções ideais e futilidades
manias paixões e vícios
taras maluquices e reflexões
você os outros e aqueles que não foram
as vidas passadas presentes e doadas
escolhas dialetos e músculos
o nada o coração e a falta de sono
angustias do ontem medos do amanhã
evidencias destinos e destilados
amontoados sentimentos e vazão
calhas falhas e navalhas...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011


Quando nos tornamos uma fotografia que se quer esquecer? um bilhetinho que outrora fora romântico e que agora parece algo que se quer deixar quieto no passado?
Quando nos tornamos um dia que não se quer lembrar? um sentimento que se quer deixar adormecido, intocável?...
E quando com uma simples lembrança, parece que todo o castelo de sonhos que construimos vem ao chão, simplesmente por que ninguém lembrou de cuidar...
A vida vai assim se moldando, se enquadrando e as vezes nos expulsando, nos arrancando de nossas próprias vidas como se fossemos intrusos...
E da vida que eu não vivi que tenho mais saudade, é dos sonhos que não realizei que sinto falta, é da fome que não saciei que me sinto satisfeita...
Por que não se advinha, não se prevê os acontecimentos óbvios?...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Açucar...


Eu escuto o silencio, e toco as notas do tempo em acordes doces,
os dedos em perfeitos toques se misturam com o vento que parece tecer uma música nos fios de cobre.
A pouco existência e toda sua insistência, me prende ao suspiro que contenho e solto, ondulo e derrubo, meus beijos se rendem, se debruçam sobre teus desejos.
Teus medos, meus meninos dóceis, a cantar nos meus ouvidos e temer que eu não os queira escutar, e eu penso sem dizer, que fiques assim o tempo que precisar...
Ah tua mania de querer adivinhar nas entrelinhas do meu pensamento o que vem a seguir, até eu mesma desconheço meu bem, o dia de amanha é apenas uma quimera...
Que você pensa que pode fazer com esses seus olhos fixos?
Por que você acha que posso resistir?
Teus medos, meus meninos dóceis, a cantar nos meus ouvidos...
Um dia ainda decifro a verdade inteira, e posarei uma noite nos teus devaneios
Um dia ainda devoro teus desejos, e passo uma tarde nos teus jardins de sonhos...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011


Nada meu peixe imaginário num aquário de sol
Viaja pelo mundo meu pensamento sem sair da segurança do meu quarto
As paredes parecem me proteger daquilo que nem eu mesma temo mais,
minhas preces não mais atendem as minhas expectativas


Mergulha meu amor afogando-se debilmente na saliva de meus desejos
e vou tentando tatear a verdade em meio a meus medos infantis
São como vendavais de cores psicodélicas, um caleidoscópio de sensações...


Fico sentindo o beijo que ainda não dei, a prender-me, vida e a respiração
Meus gritos vivem abafados pelo amanhã, pelas incertezas do não ser...




sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Noite Invisivel


A tormenta silencia, na noite dos monstros acordados
a tempestade avança pela noite e clareia o breu dos meus pensamentos
minha carne cravejada de ossos desejando libertar-se
meu desejo rompendo o peito e esvaziando o espaço entre o tempo
as lacunas entre meus dedos, como garras afiadas, vão delimitando, conjugando, se perdendo
Arranhando paredes de papel em seda pura, desfiando a vida que se segura por um instante em meus lábios
Buscando o fim, encontro teu peito, arqueando, medo e coragem se enfrentam, tal qual um bardo errante eu entendo a canção do teu olhar...