Sou uma mistura de sentimentos e culpas

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bage, rs, Brazil
Um eterno ponto de interrogação, sempre querendo saber tudo... um eterno ponto de exclamação, sempre fazendo valer uma opinião pensada e nao copiada da cabeça de alguém...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ontem

Meus fantasmas de cabeceira, sempre a espreita de meu sono
Meus medos, meus monstros de roupeiro, infância povoada
Vinham noites que os sonhos eram verdadeiros encantamentos
e tinham dias que, fantasiados de medo, meus sonhos vestiam-se de pesadelos

Minhas meninices, meus brinquedos imaginários se lançavam em oceanos, a afundar navios...
e tudo que antes eu sonhava, de uma forma ou de outra, formou o que hoje eu sou, abriu-me a possibilidade de sonhar, deu-me a dimensão de saber até onde podemos viajar pela imaginação, infinitamente...

terça-feira, 30 de agosto de 2011


Há tempos que as horas se desprendem do meu relógio
e ficam a girar em ponteiros imaginários,
em pensamentos desconectos...
Na tentativa de reorganizar, vem o abraço do tempo perdido
de tantos dias de tempo jogado fora
Nesses dias em que as horas não passam
parece que há um peso que torna os segundos demorados.
Penso nos dias de horas velozes, que não há tempo para nada,
queria poder poupar o tempo...
Queria mesmo era um minuto que fosse de tempo completamente estagnado
em que brincar de matar tempo fosse diversão....

quarta-feira, 24 de agosto de 2011


Teu sorriso brinca de maldades com meus olhos
e eu que não sei entender, te compreendo
Teu beijo fala coisas que o silêncio traduz
e meu medo se perde nas tuas mãos

Meu coração se confunde entre tantas cavidades
e o meu não, queria hoje fingir ser verdade
Teus olhos trazem tempestades que não quero enfrentar
e teu veneno me mata quando me alimenta

E as mentiras vestidas de branco
Fingindo uma inocência fugaz
e essa verdade tão falsa,
rompendo sob meus pés este cadafalso

Há de me entregar ao inimigo
meu coração tão insano
Há de dizer meus segredos
e ainda tripudiar dos meus devaneios

Mas acordo e sinto o veneno ainda nos lábios
e a malícia ainda passeando sobre meu peito
Entre limites do meu corpo, pele e alma se confundem
e teu sorriso me aparece como antídoto _ me rendo...


Não acorda não meu bem, que é só o sol que vem
Não precisa se preocupar,
que ninguem há te acordar
Não há nada de errado nesta manhã, se o sol não quis aparecer, não há de ser mal


Vem o sol desenhar figuras no seu rosto antes de despertar
Ou me dizer que as coisas são melhores no silêncio do teu sono
me mostrar a diferença dentro da igualdade
me dizer que somos únicos nessa nossa pluralidade


É neste dia, que eu quero entender ,tudo me segura
tudo aquilo que me impede de dizer o que eu sinto
É neste dia que nao chega, que quero o que ainda nao sei,
quero me perder, quando me encontrar...

terça-feira, 23 de agosto de 2011



Eu vi na face em movimento, um descontorno desigual
e foi passando como um vulto, e os olhares se cruzaram
se olharam mas não se perderam, num momento tão breve...

Mas o corpo se esgueirando, deslizando, e sumindo à meus olhos
levou o perfume, levou a volúpia que estava no ar...
Foi o vento se acalmando, e os olhos voltando ao normal
e quando já passado, ficou uma incógnita, um vazio

Ficou o toque de veludo nas mãos
E um gelo de mármore nos lábios
como se me tivessem roubado um dos sentidos
e percebendo que na verdade mais um ganhara

E foi meu peito acalmando, numa trovoada que se espalha
Meus olhos não encontraram mais, mas também nem mais precisavam
foi como se houvesse gravado algo entre a alma e a pele

E numa fração de tempo, em que o tempo não mais se soma,
parecia que uma vida toda havia cruzado, como uma linha imaginária que se rompe
Explicando que a única razão de ser é estar sempre nesta procura...


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Definição


As mãos fixas, estendendo o fio, longe...
e o som, rompendo o silêncio
espalha o brilho que vai se confundindo
são como pérolas que se perdem pelo tapete
e não encontramos mais o início

O beijo se acha, outro corpo que se doa
o cheiro se perde e em outro se completa,
os lábios, bailarinos, dançam até a exaustão...

Vai indo pela face, o sorriso
e vai completando um sentido após o outro
e sem saber o que se faz, sempre nega existência
Mas o peito já entrega toda a verdade contida
e os bailarinos hábeis, cúmplices,valseiam...

Os reflexos no teto, as estrelas tímidas pela opacidade
vai a vida se abrindo, vão os sentimentos se liquidificando...
traduzindo os sentidos, sempre em uma língua incompreensível
que só quem sente pode conceber...


segunda-feira, 8 de agosto de 2011



Barcos perdidos, ancorados
porto-coração, sem sentido
sem direção, sem destino, e a pergunta no peito não se responde
veias de madeira e ferro, fingindo delicadeza inexistente


Há quem não sabe o que procura, e se perde entre faróis
Há quem de tanto pensar ter encontrado, não percebe a dança das marés
Meu peito de matéria impura não espera nada, apenas que enferrujem os sentimentos.
Nesta impureza há tolos de alma que se julgam deus dos mares...


Eu choro as lágrimas que se perdem no ar
e vivo dias que se confundem com infância
e nas ondas parecem meros barquinhos de papel
a se perder pelo horizonte...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Confusão



Na dança das horas, sumindo pela noite
e as batalhas em campos de seda,
se amando entre lágrimas da pele,
o suor de almas apaixonadas...


E as flores de tantas primaveras,
os outonos esquecidos no fundo de um baú
e as memórias perfumadas, que trazem à tona
uma nostalgia afiada, destilando censuras...


Entre farpas sussurradas de sentimento inexistentes
Assumindo um não falso, um sim destruidor...
Palavras que vem em sopros rarefeitos
fazendo meu peito romper o limite estabelecido.




terça-feira, 2 de agosto de 2011

O dia


Quando chegaste parecia brisa de verão
tentando refrescar o calor
e querendo ser mais que um simples segundo
assim tão puro como roupas no varal


Teus modos de vendaval
teus medos tão tímidos, como meninos descalços
sempre escondendo entre os dedos
os beijos que tanto pensei.


Tuas palavras, cantigas, ou apenas delírios meus
soam a meus ouvidos, como ondas que se quebram na praia
Ah que medo de o fim existir
ou das lágrimas descobrirem o caminho...

Tramas


Tem se sucedido dias em que me surgem trilhas que nao sei se sigo...
Tem se sucedido falhas onde nao encontro a malha que me quero tecer...
Tem doído fundo os golpes que a vida me tem devolvido, mas tenho soltado as amarras que me prendiam antes ao que nunca fui...
Tenho agradecido sempre ao prazer que antes nao sabia sentir,agradecer de fato por que ao me aliviar o fardo tu me fez crescer, estou imaginando agora o quão louca pensas que sou, nao te abandonaria se nao tivesse certeza da minha liberdade!!Carinho me conforta a alma e me acende o corpo!Me faz viver!!
Por que só posso querer da vida aquilo que nutre a alma, que me faz engrandecer...
Sorrisos mesmos falsos, agradam...