Sou uma mistura de sentimentos e culpas

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bage, rs, Brazil
Um eterno ponto de interrogação, sempre querendo saber tudo... um eterno ponto de exclamação, sempre fazendo valer uma opinião pensada e nao copiada da cabeça de alguém...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011


Tenho um sorriso meio bobo, entre as mãos e algo mais
é como um dia em que tudo se encaixa e a vida vai sem graça
e vai se moldando em meu rosto, entre verdades e vendavais
assumindo uma incerteza, sentindo-me avulsa...

Tenho um sorriso meio bobo, delimitando fronteiras
entre minha pele e meus nervos, indo de encontro à meus medos
Tenho um jeito peculiar de analisar e desentender,
desentendo todas as minhas confusões...

Tenho um tempo perdido, se perdendo dentro de mim
e quando acho um caminho sempre percebo o mesmo fim
tenho no sorriso brotando na face disfarçando, quase cômico
tenho todas as horas disponíveis, mas as receio....

Tenho medo das horas não vividas
Tenho medo dos dias que não nascerão,
Queria um dia a mais nas nossas vidas
num verão, qualquer estação, qualquer janeiro...


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um dia sem brilho, as casas sem cores, o mundo sem luz,
eu vou indo pela rua ouvindo a música silenciosa dos meus passos
lembro quando me ensinou a escutar o vento,
lembro quando me esqueci de ver além
A espreita do tempo eu vou enganando dia após dia a minha própria vaidade... pensei no teu sorriso, num lapso aberto, brecha de horas...


Como se o tempo, caprichosamente teimoso, tivesse desligado o vento
e tudo mais tivesse ficado suspenso, tudo perdendo cores e texturas,
assim como uma musica de para de tocar pela metade...
A insanidade parece ter se tornado verdade e a mentira ganhou ares de real apenas por que o dia quis ficar parado imóvel como um traço fino ar...







segunda-feira, 17 de outubro de 2011



Abra a porta da sua casa e deixa a vida surgir de repente
não importa o mofo ou as bugigangas, importa saber que você acordou
Não quero alegria falsa, nem tampouco felicidade de comercial de margarina,
quero o teu riso aberto, quero teu abraço verdadeiro...
Abra então a porta e as janelas e deixe que isso tudo que esta dentro transborde, deixe espelhar-se nas paredes, deixe a agua refletir o teu rosto...
Abra a porta da tua alma nem que seja pra olhar para fora... deixe que as pessoas amem os seus erros e entendam que você acerta por errar bastante....
Abra as portas que também estão em teu coração, deixe os sentimentos livres, com as portas abertas eles aprendem a fixar-se ao vento, o vento sempre volta a soprar....
Abra todos as fendas na tua alma, deixe que o calor aqueça e não queime... não esqueça de admirar as façanhas alheias e admiração é maravilhoso, estranho é querer admirar só...
E se não der tempo de fazer todas estas coisas hoje, não importa, você pode refazê-las sempre e deve... e todo dia melhorar algo, trocar um ponto por uma virgula, trocar um não nem que seja por um talvez, permitir-se é mais digno que negar-se por medo....

terça-feira, 11 de outubro de 2011


Apague a luz, que assim se vê melhor
desligue o tempo e vá recortando das paredes os papeis
deixe as horas se fazerem de desentendidas e fique assim, sem dó de mim
Me deixe olhar a indecência, me deixe amar a tua descrença
acreditar nas tuas mentiras, meninas bem vestidas que me parecem tão verdadeiras
Me deixe estar, a meia luz, a meio gole de chegar, e fecho a porta pra ficar sozinha
mande me buscar, me tire pra dançar e então não diga que não sei fingir

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Frágil silêncio...


























Cai a noite, despenca os sonhos, como um piano de emoções que rompe o silêncio e cai na calçada.
Rompe o peito, o último pulsar, a sinfonia única sem ritmo envolvente, mas preferia-lhe que continuasse a bater.
Descansa a nudez das ideias, descansa o torpor do corpo e faz-se de amigo a insanidade.
Varre o medo, expulsa o amor, faz-lhe beijo gelado, nada se move ...








ilustração(Di Lameira)

terça-feira, 4 de outubro de 2011


Já não vejo teus olhos olharem os meus
e fico observando aquilo que se perde no ar
Já não nado sozinha no meu aquário imaginário
já não me afogo por desconhecer o que me falta

A tua ausência já não sinto tanto
parece que a alma encontrou um lugar
ou deslocou-se entre a pele e o ar que se evapora
algo que completa sem que eu perceba

À mim parece que me falta um farol,
algo constante nessa minha estrada
Não importam as luzes, as direções, os sinais
sempre escolho um caminho confuso...